sexta-feira, 19 de julho de 2013

A Sabedoria ao Alcance de Quem a Desejar!

Alguns pensamentos confusos cruzaram a minha mente enquanto tentava escolher a melhor maneira de comunicar aos meus directores, as ideias e os sentimentos que tinha no coração.  Como transmitir-lhes as minhas informações e conclusões duma forma eficiente e de fácil compreensão?  Por experiência própria sabia que mais uma vez teria que confiar em Deus, em busca da Sua orientação e sabedoria.

Antes de ir para a cama naquela noite, orei para que Deus me revelasse o Seu “guião” para a reunião da manhã seguinte.  Adormeci na certeza de que teria o discernimento necessário quando acordasse.  Para ser honesto, tinha a esperança de acordar com um plano impressionante e perfeito.  Em vez disso, Deus trouxe à minha mente uma história antiga, mas pertinente perante as questões que iriam ser debatidas com a administração.

Naquele dia, durante a agenda da reunião, a minha história criou o cenário perfeito.  Não apenas serviu como um poderoso quadro verbal para apresentar a essência daquilo que eu queria dizer, como também mostrou os pontos-chave que precisava destacar.

Apesar de ser gratificante, não estava surpreendido ao receber uma resposta tão positiva à minha oração.  Como seguidor de Jesus Cristo, já tinha passado por experiências idênticas a esta e, mais uma vez, Deus mostrou a Sua fidelidade.  A Bíblia ensina em Tiago 1:5 o seguinte:  “Se alguém não tem sabedoria suficiente, peça-a a Deus, que a dá a todos de graça, sem humilhar ninguém, e ser-lhe-á dada”.

Infelizmente os pedidos por sabedoria, geralmente, são excepção e não uma regra.  Às vezes, as pressões e as exigências da vida, deixam-me predisposto a reagir imediatamente, em vez de fazer uma pausa suficientemente longa para orar a Deus, pedindo-Lhe para mostrar-me o caminho.  Para outras pessoas, a oração pode nem sequer ser considerada:  “O que é que Deus tem a ver com os meus negócios?  Porque é que Ele Se preocuparia com as minhas decisões ou o que faço no trabalho?”

Para este grupo de pessoas eu gostaria de ressaltar o que a Bíblia diz sobre o nosso relacionamento com Deus no ambiente de trabalho:  “Na verdade, nós somos companheiros de trabalho ao serviço de Deus e vocês são o seu terreno de cultivo e construção”  (I Coríntios 3:9).  Para mim, o que isto quer dizer é simples e profundo:  trabalhamos com Deus e Ele trabalha connosco para realizar os Seus propósitos na Terra, inclusive no mundo empresarial e profissional.
Se isto é verdade, deixar de consultar Deus e pedir a Sua sabedoria quando tomamos decisões difíceis e complexas, que nos confrontam todos os dias, é simplesmente tolice.  Temos vários mentores e consultores a quem pedimos conselho quando necessário.  Porque não consultar também a Deus em todos os assuntos mais ou menos importantes?  A Bíblia ensina-nos que “O SENHOR é grande e digno de muito louvor;  a sua grandeza excede o nosso entendimento”  (Salmos 145:3).

Deus tem o desejo profundo de ser co-participante do trabalho que fazemos.  Ele promete proporcionar-nos doses generosas de sabedoria.  É só pedir-Lhe! 


Rick Boxx é presidente e fundador da "Integrity Resource Center", escritor internacionalmente reconhecido, conferencista, consultor empresarial, ex-executivo bancário e empresário.

A Particularidade de “Orar Constantemente”

“Quando tudo estiver a correr mal, faça oração” – este parece ser o lema de muita gente.  Talvez até seja uma dessas pessoas.  Quando surgem momentos em que as circunstâncias ficam fora do controlo, então é porque chegou a hora de recorrer à oração.  Que mal é que isso pode fazer, não é?  Mas para outras pessoas, a oração é essencial.  Levam muito a sério o ensino da Bíblia, vivam permanentemente em oração  (I Tessalonicenses 5:17).  Oram pelas suas necessidades pessoais, intercedem pelas dos outros e adoram a Deus a quem servem.
Há, porém, uma particularidade na oração:  não é como chegar a uma máquina automática, colocar uma moeda na ranhura e receber o item que escolheu.  Por vezes, as orações ficam sem resposta.  O que é que acontece quando oramos e não recebemos logo o que buscamos?  Oramos e...  nada!!!
Ao longo da minha vida e carreira, vivi esta experiência em muitas ocasiões:  ter que permanecer num trabalho que já não dava resultados satisfatórios e sem que surgissem novas opções;  lutar arduamente para encontrar a pessoa certa para a posição chave no quadro de pessoal;  esperar pacientemente pela venda da casa, enquanto as pressões financeiras se acumulavam...  Mas no meio dessas situações, aprendi muito sobre a oração e sobre Deus.  Aprendi que Deus sempre responde às orações, mas curiosamente Ele o faz através duma das quatro maneiras seguintes:   

Sim!  Não!  Aguarda!  Algo diferente!?!

Quando Deus diz “Sim!”.  Como um pai humano, amoroso e compassivo, Deus tem prazer em receber os pedidos dos Seus filhos e responder.  Mais do que isto, as Suas respostas são bem melhores do que as dos nossos pais imperfeitos.  “Ora se, mesmo sendo maus, sabem dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem!  (Lucas 11:13).

Quando Deus diz “Não!”.  Por vezes, os nossos pedidos são rejeitados porque a motivação está errada, fruto dos desejos egoístas.  Por outro lado, Deus conhece que o que estamos mesmo a precisar, de facto, não é o que estamos a pedir.  Assim, Ele diz “não” às nossas orações.  “Se pedem e não recebem, é porque pedem mal, pedindo coisas que só servem os vossos prazeres  (Tiago 4:3).

Quando Deus diz “Aguarda!”.  Há momentos em que Deus, por alguma razão, retém as Suas respostas.  Pode não ser o tempo certo;  detalhes específicos podem estar incompletos;  Ele pode querer ensinar-nos a ser pacientes;  ou simplesmente querer deixar muito claro que é Ele que está no controlo e não nós!  “Confia no Senhor e põe nele a tua esperança;  não tenhas ciúmes dos que prosperam na vida, daqueles que vivem de intrigas.  Confia no Senhor e segue os seus caminhos que ele te honrará, dando-te esta terra por herança...  (Salmos 37:7 e 34).

Quando Deus diz que tem “algo diferente”.  Às vezes, quando oramos, estamos convictos daquilo que necessitamos ou queremos.  Porem, Deus na Sua sabedoria é omnisciente e sabe quando uma resposta diferente é mais adequada – e muito melhor – do que aquela que estamos a pedir.  Dêmos louvores a Deus, o qual, pela força que nos concede, tem poder para realizar muito mais do que aquilo que nós pedimos ou somos capazes de imaginar  (Efésios 3:20).
E que tal procurar sempre algo diferente e especial, como resposta às orações? 


Texto de Robert J. Tamasy , vice-presidente de comunicações da Leaders Legacy, corporação beneficente com sede em Atlanta, Georgia, USA.  Com mais de 30 anos de trabalho como jornalista, é co-autor e editor de nove livros.  Tradução de Mércia Padovani.

A Armadilha do Saber Muito e Pensar Pouco

Ted DeMoss, o já falecido presidente emérito de Christian Business Men’s Committee, comentava frequentemente nas suas palestras que algumas pessoas têm “uma formação acima da sua inteligência”.  Era a sua forma humorística de descrever alguém que, apesar dos seus muitos conhecimentos, havia a probabilidade de pensar muito pouco.  Por outras palavras, ele acreditava que o conhecimento não-trabalhado poderia ser perigoso se tratado com descuido ou negligência.
Compreendo bem que a ideia de saber muito e não pensar o suficiente, parece ser uma característica partilhada por muitas pessoas.  Eu próprio já passei por isto.  No início da minha carreira tive a oportunidade de abrir uma firma de revelação fotográfica apesar de desconhecer esta área de negócio.  Foi necessário pensar cuidadosamente em tudo, fazer descobertas sozinho e, às vezes, confiar no meu coração e na minha intuição (hoje sei que era sabedoria vinda de Deus;  não era um conhecimento qualquer que eu possuísse).  Essa abordagem intuitiva trouxe soluções criativas que fizeram com que o estúdio se destacasse entre os concorrentes, o que acabou por resultar num enorme sucesso comercial. 

Alguns anos mais tarde envolvi-me noutro projecto.  Sentia uma preparação melhorada e apliquei as mesmas regras dos concorrentes.  Apesar de ter adquirido bons conhecimentos sobre a nova área de trabalho, não estava a ser mais bem sucedido do que os outros no mesmo ramo.  Olhando retrospectivamente, vejo que isso se deveu ao facto de não ter sido forçado na criatividade e na busca de novas e melhores formas de fazer as coisas.  Penso que confiámos mais no conhecimento e nas práticas do nosso ramo.  Aparentemente, o “saber demais” não me beneficiava.

Parece uma contradição estranha.  Era de esperar que, quanto mais conhecimentos houvesse sobre alguma coisa, melhor seria o resultado.  Mas as coisas nem sempre funcionam assim.  Tomemos, por exemplo, Steve Jobs e a força criativa por detrás dos computadores Apple.  Duvido que ele fosse começar a empresa se tivesse vindo duma experiência como a IBM, que usava uma abordagem diferente na solução de problemas tecnológicos.  A falta de experiência do Sr. Jobs à volta dos computadores, levou-o a pensar de maneira inteiramente nova, às vezes não muito ortodoxa, mas que se mostrou muito produtiva.

Na esfera espiritual somos exortados a confiar em Deus e não no nosso próprio conhecimento, senão, repare no texto bíblico:  Confia no Senhor de todo o teu coração;  não te fies na tua própria inteligência.  Apoia-te nele em tudo o que empreenderes e ele te mostrará como deves agir  (Provérbios 3:5 e 6).  Às vezes isso é difícil para os veteranos do mundo empresarial e profissional, porque estão acostumados a buscar soluções tangíveis e mensuráveis para os problemas, em vez de pensar e agir pela fé.  Contudo, é exactamente isto que Deus pede aos Seus seguidores.

Antes do período renascentista do século XIV ao XVII, supunha-se que as pessoas eram essencialmente iguais.  Se alguém fosse capaz de produzir algo na arte, na música ou na literatura, devia-se a algum dom sobrenatural.  Dizia-se que a pessoa “tinha” um génio – uma capacidade divinamente conferida – e não que “era” um génio.  Entretanto, no período do Renascimento, o pensamento humanista concluiu que o homem possuía criatividade própria, sem precisar de ajuda ou intervenção sobrenatural. 

O facto é que a Bíblia afirma que Deus concede dons e capacidades especiais.  Assim, não deveríamos atribuir a nós mesmos demasiado crédito em possui-los, nem tão pouco sentirmo-nos inferiores caso não fossem possíveis determinados dons tão desejados.  Deus proporcionou a cada um de nós dons e talentos específicos, mesmo quando estes nos chegam sob alguma forma que não o pareçam ser. 

Se confiarmos n’Ele e na Sua direcção, e não no nosso próprio conhecimento e entendimento, vamos concerteza descobrir e apreciar plenamente as capacidades exclusivas que Ele concedeu a cada um de nós. 


Texto da autoria de Jim Mathis, proprietário de um estúdio de fotografia em Overland Park, Kansas, especializado em retratos executivos, comerciais e culturais.  Anteriormente, tinha estado a trabalhar como gerente duma Cafetaria e como Director Executivo de Christian Business Men’s Committee em Kansas-Missouri, EUA.

O Poder de Confiar Positivamente

Certa vez ouvi o CEO de uma grande empresa de comunicações descrever a sua aventura rumo ao sucesso no mundo empresarial.  Ficou cativado pela filosofia popular da época acerca do “poder do pensamento positivo”.  A ideia comum era:  “Tudo o que se conseguir imaginar e acreditar, é possível obter”.  Então, decidiu procurar todos os livros de inspiração motivacional, artigos, mensagens em áudio relacionados com o tema, e estava convencido de que se pudesse desenvolver e manter a disposição mental certa, todos os objectivos e sonhos estariam facilmente ao seu alcance.  Chegou a tal ponto, que um dos seus filhos, quando via o pai atolado em papéis e com os auscultadores nos ouvidos, avisava toda a gente para que não o incomodassem porque ele estava a motivar-se. 

É preciso reflectir cuidadosamente sobre a questão do “pensar positivamente”.  Os pesquisadores da área médica constataram que a visão positiva é um factor significativo na recuperação de pacientes que passam por grandes cirurgias.  Os que olham cada novo dia com optimismo são mais bem-sucedidos e lidam melhor com as adversidades do que aqueles que estão inclinados ao pessimismo.  A própria Bíblia afirma:  Porque, como ele pensa consigo mesmo, assim é...”  (Provérbios 23:7 – versão João Ferreira de Almeida actualizada).  Temos a tendência de viver à altura – ou em consequência – das nossas próprias expectativas.

Contudo, existem limitações óbvias ao pensamento positivo.  A pessoa mais optimista jamais conseguirá cruzar a nado todo o Oceano Pacífico.  Um homem com 1,70 de altura nunca será escolhido para ser o pivô duma equipa olímpica de basquetebol.  Alguém com voz estridente e sem talento musical não se tornará num cantor de ópera famoso, dum dia para o outro.  Há outra perspectiva sobre o pensamento positivo que deve ser seriamente considerada.  Vamos chamar-lhe de “confiança positiva” ou talvez “crença genuína”, uma qualidade que todos os que praticam ou afirmam a sua fé no Deus da Bíblia deveriam possuir.

Confiar no poder de Deus.  Já lutou com uma tarefa importante que lhe foi atribuída e teve aquela sensação de não conseguir fazer nada?  Ou possui alguma característica negativa que não consegue vencer, tal como a ira ou a timidez?  A Bíblia assegura que podemos clamar pela força de Deus para realizar o que não podemos fazer sozinhos:  “Posso enfrentar todas as dificuldades naquele que me fortalece”  (Filipenses 4:13).

Confiar na infalível resposta de Deus.  Não existe nenhum colega de trabalho, amigo ou familiar que não tenha falhado consigo numa ou noutra ocasião.  Da mesma maneira, nós também falhamos para com eles.  Mas Deus promete atender quando clamarmos por Ele:  “Se tiverem fé, hão-de receber tudo o que pedirem em oração”  (Mateus 21:22).  “Busca a tua felicidade no SENHOR e ele te concederá os desejos do teu coração”  (Salmos 37:4).

Confiar na presença, no amor e na aceitação incondicionais de Deus.  Se já se sentiu solitário, mal amado, ignorado, desprotegido, então não está sozinho.  Cada um de nós já se sentiu assim!  As Escrituras afirmam que Deus já fez por nós sacrifícios tão grandes que não podemos sequer imaginar a sua dimensão.  Mesmo assim, Ele tem o maior prazer em nos dar prodigamente o que necessitamos.  “Que mais diremos sobre isto?  Se Deus está por nós, quem poderá estar contra nós?  Ele que não nos recusou o seu próprio Filho, mas o ofereceu por todos nós, não nos concederá com ele todos os dons?”  (Romanos 8:31 e 32). 


Texto de Robert J. Tamasy , vice-presidente de comunicações da Leaders Legacy, corporação beneficente com sede em Atlanta, Georgia, USA.  Com mais de 30 anos de trabalho como jornalista, é co-autor e editor de nove livros.  Tradução de Mércia Padovani.

Pequenas Frustrações, Grandes Problemas

Muitas vezes fico perplexo por ver como pequenas frustrações no ambiente de trabalho se avolumam e resultam numa atitude desastrosa na hora de irmos para casa.  Salomão, o sábio rei de Israel, escreveu as seguintes palavras há milhares de anos atrás:  “Apanhem as raposas, as raposas pequenas, que devastam as nossas vinhas, porque as nossas vinhas estão em flor”  (Cântico dos Cânticos 2:15).  Cada local de trabalho tem os seus problemas exclusivos, questões que podem surgir para arruinar o mais agradável e pacífico dos dias. 

Tenho andado a aprender que as frustrações que experimentamos no trabalho ou em qualquer outro meio, geralmente pertencem a três tipos:

Interrupções.  Surgem sob a forma de visitas inesperadas ou telefonemas (tal como o que recebi agora enquanto escrevia esta frase).  Elas têm um modo sinistro de aparecer, normalmente quando temos um prazo fatal a cumprir ou um assunto importante a requerer toda a nossa atenção e tempo.  Mesmo com todos os cuidados mais estratégicos para as evitar, isso nada impede que os melhores planos sofram aquelas malfadadas interrupções.  

Inconveniências.  As interrupções aparecem sob a forma de pessoas, mas no geral, as inconveniências envolvem coisas – os recursos e as “conveniências” ou serviços modernos que nos abandonam em queda livre quando deixam de funcionar.  É a fotocopiadora que avariou e é preciso repará-la.  O trânsito que nos deixa bloqueados e incapazes de chegar a tempo para a reunião marcada.  Ou quando não encontramos um documento, o ficheiro importante para... 

Irritações.  Geralmente são causadas por atrasos  dos mais variados:  pessoas em quem não devíamos ter confiado por não cumprirem o que prometem;  o “jogo do empata” quando é necessário falar com alguém e a conversa nem anda para a frente nem para trás;  uma doença sem gravidade, mas que nos deixa de rastos;  alguns clientes que não reconhecem o serviço que procuramos fazer com a melhor das intenções e esforço.

Quer nos agrade ou não, as interrupções, as inconveniências e as irritações são uma boa parte da vida.  Não vale a pena tentar porque não é possível eliminá-las.  Garanto que vai ter que enfrentar esses três tipos de frustração ao longo desta semana.  Contudo, embora não seja possível evitá-las, podemos aprender a impedir que nos causem o stress desnecessário.  Qual é o segredo para lidarmos bem com as frustrações? 

Não lhes resista.  Aceite-as!  Não reaja dum modo exagerado, nem tenha uma explosão de raiva.

Não fique ressentido.  Não as intensifique, interiorizando a ira. 

Não se resigne.  Recuse-se a ser indulgente caindo na auto-piedade por causa dum obstáculo inesperado. 

Reduza a sua importância.  Trate-as como relevantes, mas sob a devida perspectiva.  Considere-as pequenas contrariedades que fazem parte da vida e não como calamidades. 

A Bíblia ensina que uma das características da sabedoria é a paciência.  Precisamos olhar as circunstâncias sob a perspectiva de Deus.  Quando estou em sintonia com Deus, lembro-me que Ele tem todas as coisas debaixo do Seu controlo, embora eu não as tenha.  Tal como Gálatas 5:22 nos ensina:  “O Espírito, pelo contrário, produz amor, alegria, paz, paciência...”  


Texto da autoria de Rick Warren, escritor e conferencista, autor do best-seller "The Purpose-Driven Life" (Uma Vida Com Propósitos), traduzido em várias línguas.

A Força por Detrás duma Ideia

Ao longo do ano passado li uma selecção de aproximadamente 30 livros e um deles ficou preso ao meu coração.  A tradução literal do título era mais ou menos “O Menino que Pôs Freios ao Vento”, dos autores William Kamkwamba e Bryan Mealer.  O livro fala de Billy, um menino de 14 anos que vivia em Malávi (Malawi), no Sudeste de África, numa pequena aldeia flagelada pela seca.  Ele e a sua família, como todos na aldeia, viviam sem água canalizada nem electricidade.  Não havia dinheiro, educação nem oportunidades.  Mas o Billy – William Kamkwamba – tinha uma ideia de génio!

William recusava-se a desistir dos seus sonhos.  O autor do livro escreveu:  “Sem nada possuir, para além dum punhado de fubá no estômago, uma pequena pilha de livros com informações científicas desactualizadas, mas cheio de curiosidade e determinação, ele embarcou num ousado plano para proporcionar à sua família uma série de recursos, apenas disponíveis a 2% da população...”.  Na lixeira local, Billy conseguiu recolher todo o tipo de materiais necessários para construir um moinho de vento, o qual acabou por se tornar motivo de gozo na comunidade até ao dia em que o sonho se transformou em realidade:  água foi bombeada de um poço e forneceu energia suficiente para acender uma lâmpada na choupana da sua família. 

A força duma ideia (ou dum sonho) é o mecanismo que pode transformar o modo como vivemos e pensamos.  Na década de 70, quando Bill Gates desistiu de estudar, ele estava a ter uma ideia revolucionária que levou à criação duma fabulosa companhia de recursos informáticos.  Cada uma das mais de 4.000 empresas registadas na Bolsa Nasdaq extraiu a sua força a partir duma ideia, a centelha que lhes deu um sólido começo.

“Senhor Jesus, dá-me uma ideia!” – esta foi uma oração simples, feita por um homem simples chamado Dawson Trotman, mas que se tornou o fundador de "The Navigators" (Os Navegadores), uma organização mundial que Deus tem usado para atingir incontáveis milhares de vidas.  (Nota do editor:  Vale a pena ver e conhecer esta, entre outras organizações notáveis  http://en.wikipedia.org/wiki/The_Navigators_%28organization%29).

Contudo, a hora em que temos uma ideia, nem sempre é o momento de nos lançarmos à acção.  Às vezes, o melhor a fazer é esperar pelo tempo oportuno, recursos e pessoas que se encaixem no plano para que a ideia se realize.  Se tem uma ideia, não importa o quanto ela pareça boa, faça o favor de lhe dar espaço.  Dê tempo para que Deus faça a Sua parte no trabalho.  Os passos a serem adoptados depois que uma ideia se estabeleça são:  orar, planear e preparar-se.
As muitas histórias dos que se sentiram estimulados por algo que mais tarde se veio a revelar numa grande ideia, olham para os últimos cinquenta anos e observam que humilde e sinceramente ousaram “pôr freios ao vento”, investindo todo o seu talento e esforço ao serviço da comunidade e apenas desejando confiar em Deus para transformar uma simples ideia em realidade.

Existem rios que lhe parecem intransponíveis?  Há montanhas sem túneis para que as possa atravessar?  Acredite, Deus é especialista em fazer aquilo que alguém pensou ser totalmente impossível.

Ele pode realizar o que mais ninguém pode!  Afinal, Ele promete:  “Chama por mim e responder-te-ei;  mostrar-te-ei coisas magníficas, que não conheces”  (Jeremias 33:3). 


Texto adaptado de "The Challenge" (O Desafio), escrito e publicado por Robert e Rick FosterTradução de Mércia Padovani.

sábado, 13 de julho de 2013

Saber Chegar à Meta Final

Enquanto assistia a um evento desportivo num final de semana, na minha opinião, tornou-se evidente que é preciso jogar a partida completa, quer isto signifique os quatro quartos, como no futebol americano e no basquetebol;  dois tempos como no futebol;  três períodos no hóquei;  nove “entradas” (ou mais) no basebol;  ou 18 buracos no caso do golfe.  É bom construir uma boa vantagem no início mas, ainda assim, é preciso jogar até ao final da partida.

Com frequência, os períodos finais numa competição são cruciais.  Na partida a que me referi, entre dois grandes rivais, o resultado só ficou definido apenas a dois segundos do final.  Ao alcançar uma vitória quando a derrota parecia mais que certa, tornou-se evidente que, mesmo os últimos segundos da disputa são de extrema importância.

Já entrei na idade dos 60 anos.  Seja qual for o modo de olhar este acontecimento, é verdadeira a afirmação de que estou na última “secção” da vida e, seguramente a última dos meus anos mais produtivos.  Tudo o que passar dos 80 serão “prolongamentos”.  Mas aos 61, estou definitivamente a começar a jogar o meu último tempo da partida da vida.  Entretanto, o facto de deixar o tempo correr, fazer jogadas de pouco risco, como às vezes ocorre no futebol, não me parece prático ou digno de um bom atleta nesta altura da minha vida, mesmo que tivesse, digamos, uma boa vantagem a meu favor.

Muita gente na minha idade já está de olho no “relógio”, raciocinando na evidência de estarem a deslizar fácil e rapidamente para o encerramento.  Ou seja, já desistiram de viver no seu melhor ou estão no processo de o fazer.  O curioso é eu estar a sentir-me melhor do que nunca.  Não estou nada cansado.  Sinto-me mais criativo e conheço mais do que conhecia antes.  É apropriado rever o meu “plano de jogo”, fazer melhores escolhas ou jogar como se o resultado ainda fosse incerto.  É importante que eu não deixe o relógio correr apenas!  Não, de modo nenhum!  O apóstolo Paulo faz uma analogia entre a vida e a corrida desportiva, enfatizando a importância de se completar todo o percurso até ao final:  Não sabem que no estádio todos os corredores tomam parte na corrida, mas só um é que recebe o prémio?  Corram, portanto, de maneira a poderem recebê-lo (1 Coríntios 9:24).

Aparentemente, tal como acontece com os veículos motorizados, achamos que a certa altura da vida podemos desengatar a mudança em ponto morto, prosseguir embalados até à linha de chegada e ainda assim vencer a corrida.  Esta é uma ideia relativamente nova, dos séculos XIX e XX.  A Alemanha foi o primeiro país a estabelecer a ideia de aposentação em 1880.  Hoje em dia, muitas pessoas (se não a maioria) nos países industrializados, consideram a idade da reforma como um direito básico.  Continuar ou não a trabalhar, depois duma certa idade, é uma decisão pessoal.  Deveríamos, contudo, empenhar-nos em servir a Deus e aos outros de forma produtiva, enquanto formos capazes de fazê-lo!

Na carta bíblica escrita por Paulo e Timóteo aos habitantes de Filipos, uma cidade da Macedónia, a nordeste da Grécia, encontramos a seguinte afirmação:  “Deste modo, caminho em direcção à meta para obter o prémio que Deus nos prometeu dar no Céu por meio de Cristo Jesus”  (Filipenses 3:14).

Paulo compreendeu que, na sua idade avançada, a corrida ainda não tinha acabado.  Assim, ele estava determinado a prosseguir até que a sua vida na terra terminasse completamente.
Quanto a mim, também pretendo jogar com todo o empenho até ao apito final, buzina, fita de chegada, trombeta de Gabriel ou seja lá o que for que sinalize o encerramento.  Devemos isso ao Grande Treinador, à nossa equipa ou comunidade e a nós mesmos;  à nossa família, amigos, empregadores ou responsáveis, colegas de trabalho e a tantos outros que confiam em nós e no nosso exemplo.

O propósito único da vida deve ser este:  jogar a partida até ao seu derradeiro final!


Texto da autoria de Jim Mathis, director executivo do CBMC em Kansas, Missouri, EUA e, em conjunto com a esposa Louise dirigem uma Cafeteria.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Esperança e Conforto em Tempos de Aflição

Um amigo meu comentou recentemente sobre o fenómeno da crescente transparência que ele tem vindo a observar entre os empresários.  “Antigamente”, dizia ele, “era raro um líder admitir estar a passar por dificuldades nos seus negócios.  Agora que a maioria está a enfrentar lutas, eles sentem-se mais à vontade para falar sobre os problemas com outros”. 

É animador o facto de que, durante muitos anos, os empresários e os altos executivos mais bem sucedidos, tentaram passar a ideia de que “estar no topo é gostar de estar só”.  Entretanto, ao lidar com as turbulências económicas e as incertezas futuras, parecem ter aderido a um outro adágio:  “nas calamidades há que procurar desenvolver relacionamentos pessoais”.  E não tem faltado razões pesadas e apertos por aí!

O lado positivo em qualquer crise é verificar que a vida, seja no mercado de trabalho, no lar ou em comunidade, ela não foi planeada para gostar da solidão.  Vejamos o relato bíblico acerca da criação, onde Deus declara o seguinte:  “Não é bom que o homem fique sozinho...”  (Génesis 2:18).  Tal declaração nunca mais foi mudada e resultou num excelente equilíbrio.  O ser humano está destinado a desenvolver relacionamentos, trabalho em equipa e apoio mútuo.  Considere reflectir sobre os seguintes textos bíblicos:

“O ferro afia-se com ferro;  os homens aperfeiçoam-se no confronto com os outros”  (Provérbios 27:17);
o  
 “Valem mais dois juntos do que um sozinho, pois o esforço de dois consegue melhores resultados.  Se caírem, um ajuda a levantar o outro, ao passo que, se cai o que está só, não tem ninguém para o levantar...  um sozinho é vencido, ao passo que dois juntos conseguem resistir, pois o fio dobrado não se quebra com facilidade”  (Eclesiastes 4:9, 10 e 12);

o   “Sem bom governo a nação fracassa;  o triunfo depende dos muitos conselheiros”   (Provérbios 11:14);
o   “Sem reflexão, os projectos fracassam:  o êxito depende de muitos conselheiros”   (Provérbios 15:22).

A crescente abertura e franqueza entre os líderes empresariais e profissionais, nestes tempos de autêntico desafio, têm proporcionado oportunidades únicas para mutuamente receber, dar conforto, transmitir confiança, compreensão e esperança.  Na segunda carta aos Coríntios 1:4, Deus declara:  “Ele nos conforta em todas as nossas aflições.  E assim, com o mesmo conforto que dele temos recebido, podemos confortar também aqueles que estiverem a passar por qualquer espécie de aflição”

Em tempos difíceis, não há nada pior do que alguém sentir-se sozinho, enquanto caminha por entre as adversidades.  Os amigos e seguidores de Jesus Cristo têm a oportunidade e o desejo de Lhe seguir o exemplo, quer no mercado de trabalho ou na comunidade onde estão inseridos, procurando ser prestáveis para aliviar o fardo dos outros.  Jesus disse:  “Venham ter comigo todos os que andam cansados e oprimidos e eu vos darei descanso.  Aceitem o meu jugo e aprendam comigo, que sou manso e humilde de coração.  Assim o vosso coração encontrará descanso  (Mateus 11:28 e 29).  Um dos maiores prazeres de Deus é ir em socorro do Seu povo, aliviando os seus fardos e oferecendo a mais autêntica paz de espírito.

Não é possível ficar passivo a observar as lutas de outras pessoas.  Há momentos em que somos confrontados com o privilégio de ajudá-las a carregar os seus fardos, seja prestando assistência específica, oferecendo conselhos ou simplesmente emprestando um ouvido compassivo.  Esta é a nossa tarefa especial e Paulo de Tarso deixou o seguinte desafio inspirador:  Ajudem-se uns aos outros a suportar as dificuldades, pois assim cumprem a lei de Cristo  (Gálatas 6:2). 

Não se trata de um idealismo vazio ou uma retórica sem sentido.  É uma chamada à acção.  Se conhecemos pessoas que estão a carregar fardos pesados, este pode ser um momento único para marcar a diferença à nossa volta, não apenas em palavras, mas também por acções, fazendo tudo o que for possível baseados no Amor e desinteresse pessoal. 


Rick Boxx é presidente e fundador da "Integrity Resource Center", escritor internacionalmente reconhecido, conferencista, consultor empresarial, CPA, ex-executivo bancário e empresário.  Texto adaptado, sob permissão, de "Momentos de Integridade com Rick Boxx", um comentário semanal acerca de integridade no mundo dos negócios, a partir da perspectiva cristã.  Tradução de Mércia Padovani.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Paz no Meio do Caos

Já assistiu a um concurso de beleza no qual uma das concorrentes declara que se pudesse obter um desejo realizado seria a “paz mundial”?  A resposta é um cliché e a possibilidade de se tornar realidade é a mesma de uma galinha pôr um ovo de avestruz.  Mas duma maneira ou doutra, todos ansiamos pela paz.  Infelizmente vivemos num mundo onde a norma é o caos e não a paz.
As calamidades naturais ameaçam a nossa busca incessante de paz.  Os desastres provocados pelo homem são igualmente inquietantes, quase inconcebíveis, como por exemplo, os constantes derramamentos de petróleo.  Devido à negligência de muitas indústrias, a paz é forçada a dar lugar à mortífera poluição para milhões de pessoas, com as suas consequências ambientais que perdurarão por décadas. 

Cercados por todo o tipo de perturbações, como é que encontramos a paz e permanecemos confiantes, sem dar importância ao tamanho da crise ou aos obstáculos à nossa frente?  A Bíblia tem muito a dizer a esse respeito, especialmente no mercado de trabalho do século XXI.  Eis alguns exemplos:

Paz não baseada nas circunstâncias.  Se a sua esperança e confiança estão baseadas em circunstâncias que estão para além do seu controlo, ou em pessoas que naturalmente causam desapontamentos, muito dificilmente irá ter algum tipo de paz.  Num momento, a vida parece estar calma, mas logo depois, instala-se a desordem.  As Escrituras ensinam que a verdadeira paz só pode ser encontrada no carácter infalível e imutável de Deus.  “Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti, porque confia em ti”  (Isaías 26:3 – versão O Livro).

Paz não baseada nas coisas deste mundo.  Procuramos encontrar paz nos bens materiais, nas realizações, no reconhecimento pessoal, na influência ou nos relacionamentos profissionais.  Mas a paz que estes podem proporcionar é passageira.  As coisas envelhecem e desgastam-se;  as realizações perdem todo e qualquer significado;  os amigos e familiares não conseguem satisfazer as nossas expectativas.  Por isso é que Jesus fez esta declaração aos Seus seguidores:  “A paz vos deixo, a minha paz vos dou.  Mas não a dou como a dá o mundo.  Não se preocupem nem tenham medo”  (João 14:27).

Paz não baseada no entendimento.  Quando a sua vida inesperadamente dá uma volta, parece impossível haver paz.  Tudo aquilo em que confiava parece ter ficado reduzido a nada.  É então que a fé em Deus, que por vezes parece irracional e irrealista, pode oferecer-lhe a única esperança de alcançar a paz.  A oração e a expressão sincera de gratidão podem levar-nos a uma paz profunda e duradoura.  É o que a Bíblia promete.  “Não se aflijam com coisa nenhuma, mas em todas as orações peçam a Deus aquilo de que precisam, com espírito de gratidão.  E a paz de Deus, que vai mais além do que nós podemos entender, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em união com Cristo Jesus”  (Filipenses 4:6 e 7).
Hoje mesmo, pode olhar para Deus em busca de Paz, independentemente das circunstâncias, por mais sombrias que possam ser!

Texto de Robert J. Tamasy , vice-presidente de comunicações da Leaders Legacy, corporação beneficente com sede em Atlanta, Georgia, USA.  Com mais de 30 anos de trabalho como jornalista, é co-autor e editor de nove livros.  Tradução de Mércia Padovani.